01 abril 2007

Computador Quântico.


Protótipo funcional

A canadense D-Wave apresentou em 13 de fevereiro deste ano um protótipo funcional do que pode vir a ser o primeiro computador quântico comercial do mundo. O lançamento está previsto para 2008.



Evolução em qubits

O protótipo do chip quântico tem 16 qubits (bits quânticos), mas a D-Wave promete chegar aos 32 qubits no final de 2007, depois a 512 qubits e atingir os 1.024 qubits até o final de 2008.











Materiais supercondutores

O chip quântico, cujo protótipo foi desenhado pela D-Wave e fabricado sob encomenda pela NASA, é feito de materiais supercondutores, como alumínio e nióbio, e depois resfriado em um tanque de hélio líquido.




Entenda por que a computação quântica pode revolucionar o setor de tecnologia




A promessa de uma nova era para a computação avançada. É assim que pode ser descrito o anúncio feito pela canadense D-Wave no ultimo mês. A empresa prometeu entregar o primeiro computador quântico comercial em 2008 e demonstrou via videoconferência um protótipo em funcionamento, causando polêmica pela falta de um modelo físico que saciasse a curiosidade dos mais céticos, mas gerando entusiasmo pela perspectiva de uma solução para os problemas mais complexos que sequer os mais poderosos supercomputadores clássicos são capazes de resolver.

Mas o que muda, afinal, com a computação quântica? Para responder essa pergunta, é preciso passar rapidamente por alguns conceitos da mecânica quântica, ramificação da física cujos princípios são utilizados na computação quântica.


Um dos principais conceitos propostos pela mecânica quântica que é importado para a computação quântica é o princípio da superposição. Pela mecânica quântica, uma partícula pode estar em diferentes estados simultaneamente. Isso significa que ela pode estar em diferentes posições ou diferentes tempos – passado e futuro.

“O entendimento disso não é muito fácil porque não tem paralelo no mundo clássico”, admite o pesquisador Renato Portugal, do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), do Ministério da Ciência e Tecnologia. “A gente tem que acreditar por ser a única explicação plausível para fenômenos que se observa no mundo subatômico. Isso não entra em contradição com o mundo que a gente conhece porque lá os fenômenos são muito rápidos”, complementa.

Zero e um

A apropriação deste princípio pela computação tem um efeito ainda mais estranho, à primeira vista: enquanto o bit, unidade que representa um caractere de dado na computação clássica só pode assumir o valor zero ou o valor um. Já o qubit, equivalente na computação quântica, pode assumir os valores zero e um ao mesmo tempo.

“O bit clássico assume ou valor zero ou um. Isso vem da própria física clássica - não é possível sobrepor duas coisas diferentes. O que a mecânica quântica diz, por incrível que pareça, é que os dois estados - zero e um - podem coexistir fisicamente”, resume o pesquisador.

Os 10 piores PCs de todos os tempos


São Paulo - Confira um desastroso ranking que relembra os piores PCs da história da tecnologia.

Sistemas caríssimos e nada potentes, componentes que quebravam dois dias após o vencimento da garantia, horas desperdiçadas em telefonemas com atendentes acéfalos do suporte ao consumidor... Tudo isso foi levado em conta na elaboração de nossa lista sobre os 10 piores PCs de todos os tempos.

Antes de criar o ranking foi preciso estabelecer algumas regras.

Primeiro: foram considerados apenas desktops (deixamos os laptops explosivos para uma outra oportunidade).
Segundo: os computadores deveriam ter sido vendidos ao público – ou seja, nada de sistemas conceito.
Terceiro: não entraram PCs que já tivessem participado de outra lista.

Com estes limites definidos, foi necessário apenas debater com editores antigos e atuais de PC WORLD sobre os méritos e deméritos de sistemas que nos deram dores de cabeça ao longo dos anos.

.: 10 - Dell Dimension 4600 (2003)

O Dimension 4600 era uma máquina mediana quando foi lançado. Porém, depois de mais ou menos um ano (ou pouco depois que a garantia se foi), as fontes de alimentação começaram a pifar. O pior ainda estava por vir: o serviço de atendimento ao cliente da Dell erroneamente diagnosticou alguns dos problemas como sendo falhas da placa-mãe.

Na época, os fóruns de suporte da fabricante ficaram cheios de reclamações similares, amaldiçoando a alimentação. A Dell, até hoje, se recusa a admitir defeitos com a fonte de energia.

.: 9 - New Internet Computer (2000)


Ao preço de 199 dólares (sem monitor), o New Internet Computer (NIC) era barato, mas quase nada útil. Lançado em agosto de 2000, quando a banda larga ainda engatinhava, o NIC dependia da conexão discada.

Sem HD e com sistema Linux em CD, não havia como instalar um software para trabalhar offline. Não podemos esquecer de que ainda que não existiam aplicativos Google como alternativa.

Apesar de ter sido cogitado como um substituto do PC, o NIC vendeu menos de 50 mil unidades - uma soma desanimadora diante da expectativa do fabricante: 5 milhões de unidades no primeiro ano de comercialização. O fracasso resultou em falência. Em junho de 2003, a New Internet Computer Company fechou suas portas.


.: 8 - eMachines eTower 366c (1999)

Em 1999, a eMachines saiu do nada para se tornar um dos cinco grandes fabricantes de PCs dos Estados Unidos. Em grande, parte graças à sua capacidade de vender sistemas baratos (custavam 399 dólares, sem monitor).

Melhor ainda, era possível obter o eTower 366c “gratuitamente” caso o cliente assinasse um contrato de três anos com um provedor de acesso discado à internet (o contrato custava cerca de 750 dólares).

Os clientes que fecharam negócio achando terem feito um bom acordo, descobriram que a barganha não valia a pena: ventoinhas barulhentas, problemas com a fonte de alimentação, modem de péssima qualidade e suporte técnico deficiente eram alguns dos problemas detectados. E tem mais. Há relatos de consumidores informando que seus eTowers simplesmente se ligavam sozinhos, no meio da noite.

A qualidade dos produtos melhorou após a empresa mudar de dono, em 2001, e continuou a melhorar depois de uma fusão com a Gateway, em 2004.

.: 7 - Commodore VIC 20 (1981)

Computadores com uma certa idade tendem a ser amados mesmo quando não merecem. Esse é o caso do Commodore VIC 20. Tudo bem, ele foi o primeiro computador pessoal a vender mais de um milhão de unidades e o primeiro PC que Linus Torvalds (o idealizador do Linux) usou.

Mas o VIC 20 é um caso especial. Ele oferecia somente 3,5 kB de memória utilizável – numa época em que a maior parte dos computadores disponibilizava pelo menos 16KB. Ele exibia 22 caracteres de texto por linha e seus gráficos eram rudimentares até mesmo para os padrões do início da década de 1980.

O produto teve vida curta e logo saiu das prateleiras. Foi sucedido pelo Commodore 64, PC mais potente e merecedor de devoção.


.: 6 - Texas Instruments TI-99/4 (1979)

A empreitada da Texas Instruments no mercado dos computadores domésticos não durou muito e o TI-99/4 dá algumas pistas dos motivos.

Num tempo em que todas as máquinas se conectavam à televisão, o 99/4 tinha seu próprio display – uma robusta TV Zenith de 13 polegadas. O teclado possuía teclas minúsculas, parecidas com as das calculadoras de mão. E um detalhe a mais: letras eram obrigatoriamente MAIÚSCULAS.

Dois anos mais tarde, a empresa lançou o TI-99/4A, que tinha processador mais poderoso, teclado mais confortável, capacidade de se conectar em seu próprio monitor e custava metade dos 1.150 dólares do TI-99/4.

Mas não foi o bastante para reconquistar a reputação perdida e, poucos anos depois, a Texas Instruments saiu do mercado de desktops para se dedicar somente ao segmento dos laptops.

.: 5 - IBM PS/1 (1990-1994)

O PS/1 foi a segunda tentativa da IBM na criação de um PC para, digamos, as massas, na seqüência do desastroso PCjr. Mas, ao que tudo indica, ele não trouxe grande melhorias.

Entre outras “brilhantes” novidades, o PS/1 original trazia fonte de alimentação dentro do monitor (o que tornava a troca de displays impossível) e não aceitava os padrões de placas ISA (o que impossibilitava upgrades - modelos posteriores eram mais compatíveis).

Em 1994, a IBM abandonou o PS/1 e tentou ganhar mercado apresentando a linha Aptiva, que também foi um fracasso. A IBM desistiu deste conceito em 2000.


.: 4 - Apple III (1980-1984)

Grande parte dos fãs do iPod provavelmente não têm idade para se lembrar da época em que Steve Jobs não era tido como um gênio. O Apple III foi um fiasco, em grande parte devido às exigências de Jobs em relação ao design.

De acordo com vários relatos, Jobs insistiu que a máquina fosse montada sem uma ventoinha (em vez disso, o case de alumínio do sistema dissiparia o calor). Um erro que a Apple repetiu com o Mac G4 Cube, em 2000.

Para piorar, o Apple III comprimia muitos componentes num case pequeno. Conforme o sistema se superaquecia, a borda dos circuitos entortava e os chips pulavam de seus encaixes.

A forma de consertar o problema era curiosa: os usuários deveriam deixar o PC cair, de leve, para que os chips voltassem ao lugar. Os preços variavam entre 4 mil e 7 mil dólares, dependendo da configuração.

A empresa foi forçada a substituir os primeiros 14 mil Apple III que lançou e reprojetou duas vezes o computador - mas a máquina nunca perdeu a fama de compra ruim.

.: 3 - Coleco Adam (1983)

Em 1983, a fabricante de brinquedos Coleco apresentou dois produtos revolucionários: o Adam, um computador doméstico de 600 dólares, e a linha de bonecas Cabbage Patch Kids.

O Adam foi anunciado como o primeiro computador caseiro a vir com tudo que fosse necessário, incluindo um drive para fitas e uma impressora com qualidade legível.

Qual o problema, então? Qualquer mídia deixada no drive era formatada quando o equipamento era ligado ou desligado, apagando todos os dados contidos.

A fonte de alimentação (sempre ela) foi instalada dentro... da impressora. Assim, se a impressora pifasse (e isso acontecia com freqüência), o computador simplemente deixava de funcionar.

Em contrapartida, as bonecas Cabbage Patch Kids foram um sucesso de vendas.

.: 2 - Mattel Barbie PC (1999-2000)

No fim dos anos 1990, vender o “PC conceito” era o sonho de todo fabricante de computadores. Estes desktops diziam ‘adeus’ ao visual das velhas caixas beges e se destacavam por seus novos (e coloridos) gabinetes.

Mas em vez de compacto e estiloso, o Mattel Barbie PC era simplesmente um lixo rosa – e seus equivalentes masculinos, os PCs Hot Wheel em azul e amarelo, eram igualmente descartáveis.

Tentar atrair atenção do consumidor colocando partes de brinquedos num sistema barato se mostrou uma péssima estratégia. A Patriot Computer, que fabricava para a Mattel (dona da marca Barbie), faliu em dezembro de 2000.


.: 1 - PCs Packard Bell (1986-1996)

Quando PC WORLD decidiu nomear os dez piores PCs de todos os tempos, era fato que um Packard Bell encabeçaria a lista. A questão era: qual modelo? Uma escolha realmente difícil.

Parte dos problemas se originava na estratégia da Packard Bell em comercializar sistemas quase idênticos sob nomes diferentes, conforme a localidade onde eram vendidos.

Assim, o Packard Bell Legend 406CD era bem parecido com o Axcel 467, que por sua vez era similar ao 480CD - o que deixa as comparações impossíveis de serem realizadas.

Mas a empresa até era consistente em outros aspectos. Entre 1994 e 1996, ela ficou em último (sempre) no ranking de confiabilidade e serviços da PC World americana.

Uma em cada seis máquinas Packard Bell era devolvida por insatisfação do consumidor, mais do que o dobro da média da indústria norte-americana.

E, para quem adquiriu alguns dos computadores da empresa em 1994 ou 1995, as chances ter comprado máquinas contendo algum componente usado eram grandes. A Packard Bell foi processada diversas vezes por vender partes usadas como novas, sendo obrigada a pagar milhões de dólares por decisões judiciais.

Depois que a Packard Bell se fundiu com a NEC, em 1996, as coisas melhoraram um pouco. Quando a empresa saiu do mercado norte-americano, em 2000, para se concentrar nas vendas para o mercado europeu, poucos consumidores ficaram saudosos.



Fonte:

http://idgnow.uol.com.br/